sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A (minha) verdade sobre a amamentação

Imagem retirada do site http://www.mamaraopeito.org/
Muita coisa se escreve sobre os benefícios da amamentação, sobre como é cómodo ter o leite quentinho e sempre disponível, sobre as vantagens para a saúde do bebé e da mãe…
Consultei fóruns, blogs, sites, SOS Amamentação, Mamar ao Peito, … Li os livros do Dr. Carlos Gonzalez, da Laura Gutman, do Michel Odent, … li os manuais de aleitamento da OMS, … Falei com a minha Doula, com outras Doulas, com Conselheiras em Amamentação. Aprendi muito, a todas e a todos o meu sincero agradecimento. Muito me ajudaram quando eu necessitei e muito contribuíram para o sucesso da amamentação. Na verdade, sem todo este apoio não teria sido capaz de amamentar.
Mas há uma coisa que ninguém fala e que é o motivo que justifica toda esta necessidade de apoio, é que o acto de amamentar é muito difícil. Amamentar um bebé não é o caminho mais fácil, é o caminho mais difícil! É necessário ter muita coragem, muita persistência, muita vontade de amamentar, pois caso contrário, a desistência é, certamente, o caminho mais fácil.
Não desejo assustar as futuras mamãs! Eu que sou acérrima defensora a amamentação! Eu que ultrapassei todas as dificuldades (subida de leite muito dolorosa, pensei que não tinha leite, que o meu leite não saciava o bebé,…) e ainda hoje continuo a amamentar! Claro que não quero assustar ninguém. Antes quero dizer, persistam, sigam o vosso coração, porque é possível!
Mas, hoje, apeteceu-me escrever sobre aquilo de que não se fala, mas que eu trago no coração e acho que poderá fazer eco nos corações de outras mães. Hoje quero escrever sobre as dificuldades da amamentação, principalmente aquelas que reflectem, de alguma forma, a minha própria experiência.
Na verdade, a amamentação deveria ser a coisa mais fácil do mundo! O leite deveria fluir natural e facilmente da mãe para o filho, ou filha, associado a um acto de prazer e livre de ansiedades, angústias ou dores. Afinal somos mamíferos! Sim, mamíferos como os outros mamíferos que vivem na Natureza, como os elefantes, os leões, os tigres, os cães, os gatos, os ratos, as baleias, … E não vemos os bebés leões a chorar por não estarem saciados com o leite das mães. Somos mamíferos, porque temos mamas e mamamos.
Mas na nossa sociedade ocidental moderna, a amamentação tem que conseguir superar uma série de obstáculos.
Nos primeiros dias, após o parto (que, normalmente em ambiente hospitalar, não é um momento empoderador) há que passar pela angústia de não saber se o leite é suficiente, em quantidade e em qualidade, para alimentar um bebé que não pára de chorar ou que não aumenta os gramas desejados na maternidade. Aumentar de peso nos primeiros dias é missão quase impossível, pois já está provado que nos primeiros dias os bebés perdem peso, mas ainda há quem tenha a ilusão da necessidade do bebé ganhar peso antes de abandonar a maternidade. E para o choro do bebé, a solução também costuma passar pela administração de suplemento de leite artificial.
Depois, por volta do terceiro ou quarto dia, há que passar pela subida do leite. Situação esta, muitas vezes fisicamente dolorosa, à qual se junta a angústia provocada pelo bebé que não pára de chorar.
Se os mamilos gretarem ainda dói mais, e tenho ouvido relatos de mulheres que não conseguem ir para além desta dificuldade!
Mais uns dias e pode surgir o refluxo que também é tratado como mais uma oportunidade para pôr fim à amamentação! Até agora tudo o que li sobre amamentação justifica que esta é o melhor para o bebé e mesmo em caso de refluxo continuar com o leite materno é o mais aconselhado. No entanto, uma amiga diz que o pediatra lhe disse para parar de amamentar por causa do refluxo do filho, passando este a tomar leite anti-refluxo! Eu fiquei perplexa!
Depois de passadas estas situações que ocorrem, em geral, nos primeiros dias, surge, por volta do primeiro mês de vida do bebé uma alteração no leite materno, que passa de leite de transição a leite maduro. Muitas mulheres relatam que por volta do primeiro mês, ou mês e meio do bebé, deixaram de ter leite! Dizem que as mamas ficaram mais pequenas e já não têm leite para alimentar o filho. Se amamentaram até aqui, passando por algumas destas dificuldades e sem apoio, é agora que muitas vezes acabam por desistir desta árdua missão de amamentar o bebé.
Mas há mulheres que persistem e com coragem continuam a amamentar, seja por não sentirem muitas das dificuldades aqui descritas, seja porque tiveram algum apoio que lhes permitiu chegar um pouco mais longe na amamentação.
Eis que chega o momento de regressar ao trabalho! Este é também um momento crítico para a continuidade da amamentação. A questão do regresso ao trabalho, provoca uma alteração substancial na vida da mãe e do bebé, pois agora deixaram de ter a possibilidade de estar juntos todo o dia e de poder amamentar livremente, para estarem juntos apenas ao fim do dia e durante a noite. O tempo disponível para a amamentação fica muito restrito.

A juntar a isso, a mãe passa a ter mais uma ocupação diária, além de cuidar da casa e da criança. Nesta situação, quando chega a noite a mãe, em geral, está cansada e deseja dormir, pelo que a amamentação nocturna, muitas vezes passa a ser mais um tormento do que um acto de prazer entre mãe e filho. Muitas das minhas amigas desistiram nesta fase, umas referem que deixaram de ter leite e outra dizem que os filhos se desinteressaram da mama tendo preferido o biberão! (Talvez no futuro passemos de mamíferos a biberoníferos!)
Mesmo continuando a amamentar e a trabalhar, o facto é que as crianças amamentadas acordam muitas vezes durante a noite. Os amamentados acordam, em geral, mais vezes do que bebés que bebem biberão. E uma mulher que passa o dia a trabalhar tem mesmo que dormir. Estar submetida, meses a fio, a duas ou três horas (quatro ou cinco, na melhor das hipóteses) de sono nocturnas é uma tortura. Dizer que ao dormir com o bebé pode amamentá-lo sem se incomodar é muito fácil, mas a realidade não é bem assim. De facto, dormir com o bebé ajuda muito, pois não é necessário a mãe levantar-se para amamentar, mas não resolve a falta de horas de sono da mãe. Eu pessoalmente, só às vezes é que consigo dormir enquanto a minha filha mama, e quanto mais cansada estou mais difícil é para mim amamentá-la e dormir. E não sou a única a referir esta dificuldade!
Por último, mas não menos importante, a adicionar a tudo isto, junta-se a situação do companheiro. É que este também tem queixas e exigências, pois o bebé surgiu e ocupou toda a atenção da mãe. Enquanto o bebé está a mamar só há lugar para dois, mãe e filho, o que muitas vezes provoca o ciúme inconsciente do pai que acaba por, de certa forma ficar ressentido com a situação. Acredito que todos os pais fiquem orgulhosos com facto dos seus filhos serem amamentados, mas também acredito que, lá no fundo, se sintam postos de parte durante estes momentos. E quanto mais frequentes e intensos forem, mais os pais se sentem postos de parte!
Além de se sentirem postos de parte por causa do bebé, a mulher, em geral, já não tem o mesmo desejo sexual que tinha antes! Agora nunca lhe apetece, apesar de às vezes até se entregar, já não é com o mesmo entusiasmo. Este facto perturba muito a relação do casal e causa um sentimento de dualidade à mulher, que muitas vezes se sente dividida entre o companheiro e o bebé.
Depois de ter lido o livro do Dr. Michel Odent, percebi que esta alteração na sexualidade está justificada cientificamente e é desejável que seja assim. O acto de amamentar provoca a libertação de hormonas de prazer na corrente sanguínea da mãe e do bebé que mama, semelhante ao que acontece numa relação sexual entre dois parceiros. Neste sentido, o desejo sexual da mulher encontra-se, de certa forma preenchido com a relação com o bebé. Laura Gutman também refere este facto.
Ora, é obvio que tudo isto provoca muitas tensões no seio do casal, e tensões, stress, ansiedade, cansaço, … são tudo factores que inibem a produção de prolactina! Portanto, mais uma vez a amamentação fica em risco.
Acrescento ainda a questão social… Hoje, no nosso tempo, na nossa sociedade, a amamentação tornou-se num acto heróico, o qual é apreciado por uma minoria e desprezado pela maior parte das pessoas. Verifiquei que a partir de uma certa idade, a partir do primeiro um ano da criança, começa a ser visto como algo de estranho e até indesejável. Amamentar até aos dois anos é visto como algo de anormal fruto de ideias desviadas e do socialmente aceitável. Uma amiga que não amamentou até me veio perguntar se não fará mal à minha filha mamar depois dos dois anos de idade! Estamos mesmo desviados do comportamento natural e saudável, numa sociedade onde o biberão e o leite de vaca passam a ser vistos como a melhor coisa para a criança em detrimento do leite materno!
A quem não conseguir amamentar, seja por que motivo for, sinto muito. Certamente foi a decisão possível nesse momento e a mãe fez o melhor que foi capaz, para si e para o bebé. Talvez não tivesse tido acesso a toda a informação disponível sobre o assunto, ou talvez não tivesse tido o apoio necessário. Porque, para amamentar, hoje, é preciso apoio e muito!
Para quem consegue lidar com tudo isto, e outros factores inibidores não referidos aqui, e continuar a amamentar até aos dois (ou mais) anos da criança, os meus sinceros parabéns! A mulher que consegue este feito já é digna de uma medalha, pois certamente que percorreu uma longa e conturbada caminhada.
E a medalha está ganha! A medalha é dada pela saúde da mãe e o do filho, é dada pelo vínculo que se estabelece entre os dois, pelo prazer de amamentar.
A amamentação dá-nos momentos únicos na vida, na vida de uma mulher e do seu filho, momentos que não podem ser vividos de outra forma nem percebidos por quem não tem acesso a eles. É uma maneira mágica de dizer ao nosso filho “Eu Amo-te! Ainda bem que existes na minha vida!”.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Investigação demonstrou benefícios do Reiki em doentes oncológicos


A maioria dos doentes internados na Unidade Hemato-oncologia do Hospital S. João que integraram um projecto de investigação sobre o impacto da terapia de Reiki demonstraram «uma diminuição do sofrimento associado à ansiedade e à dor».
Fátima Ferreira, hematologista no Hospital de S. João, Porto, e presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma, explicou que os doentes que se submeteram a esta terapia complementar conseguiram «ultrapassar melhor do que os outros os aspectos quer fisiológicos, quer psíquicos da situação em si».
Fátima Ferreira falava à Lusa a propósito de uma mesa redonda que se realiza na terça-feira na Aula Magna da Faculdade de Medicina do Porto para analisar o Contributo da medicina holística no tratamento dos doentes hemato-oncológicos - Reiki, uma resposta credível.
A introdução ao tema - Mente sã em corpo são - será efectuada pela hematologista Fátima Ferreira, a que se seguirá a intervenção da enfermeira e Mestre Reiki Maria Zilda Alarcão que abordará O Impacto da Terapia de Reiki na qualidade de vida dos Doentes hemato-oncológicos, que serviu de base ao projecto de investigação que liderou.
No estudo participaram 100 doentes, metade dos quais foram submetidos àquela terapia complementar.
«A minha vivência como terapeuta de Reiki permitiu alicerçar o desejo de que este projecto fosse dirigido a um grupo de doentes específico, representativo da minha experiência profissional, como enfermeira, pelo que optei pela Unidade de Hemato-Oncológica do Hospital de S.João», disse a responsável pela investigação.
A enfermeira pretendia perceber como o Reiki poderá ajudar, de forma holística, «a minorar o sofrimento destes doentes nas suas vertentes mais significativas».
Destas, salientou «o sofrimento, considerando o sentido mais amplo do termo, a ansiedade, a dor, as alterações da auto-imagem e os efeitos colaterais dos tratamentos como a quimioterapia».
A hematologista Fátima Ferreira referiu ainda estudos feitos em animais que mostram que «os ratos com cancro submetidos a Reiki também têm uma melhoria da imunidade celular».
«Há por isso algumas evidências científicas experimentais que nos dizem que o Reiki pode ser benéfico. Tudo isto ainda não está 100 por cento experimentado, mas há evidências nesse sentido e há o testemunho dos doentes», acrescentou.
Reiki é uma designação japonesa que significa Energia Vital Universal e que se caracteriza por ser um sistema natural de captação e transmissão dessa energia. O terapeuta, através das suas mãos, promove «uma limpeza profunda celular e restabelece - em cada ser humano - os seus níveis energéticos, em todas as vertentes», explicou Zilda Alarcão.
O terapeuta, ao permitir que a energia flua no ser humano irá permitir diminuir a ansiedade, o sofrimento, a dor, a fadiga e todos os estados de dependência física. Favorece os sentimentos positivos, o sono e repouso, a concentração e aprendizagem e valoriza a auto-estima, acrescentou.

Sol/Lusa


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Hero

Para o Heroi que existe em Ti!
Um música que me diz muito para inspirar este fim de semana!

Eu não quero tomar vitaminas!

Depois de ler "Vitaminas para lactentes?" aqui: http://www.parirempaz.com/
lembrei que ainda esta semana me questionei sobre o mesmo assunto...

Desde que a Princesa esteve doente, por causa da diarreia, pus de parte a papa de aveia que faço à maneira tradicional, no fogão, para lhe dar papa instantânea de arroz.

E tenho estado a observar que todas as papas e cereais instantâneos que estão à venda em supermercados vêm carregados de vitaminas.

Para mim, que gosto de fazer uma alimentação próximo do natural, isto é muito complicado de aceitar.

Não consigo ter mais tempo para dedicar à cozinha, pois eu até gosto de confeccionar tudo de maneira tradicional.

As opções existentes no supermercado deixam muito a desejar....

Será que o Infarmed concorda com este uso dos medicamentos?
Será que estas empresas têm licença do Infarmed para o uso de medicamentos nos alimentos pre-confeccionados?

Onde está a folha com as contraindicações da ingestão destas papas? É que vitaminas em excesso também tem o seu efeito nefasto sobre a saúde.
Quem é que regula isto?

Quem é que defende os consumidores?

Quem defende as nossas crianças?